Um diamante verdadeiro: Caetano estaciona no Leblon

Nesses últimos tempos, confesso que quase nada tem me pegado musicalmente. Tô de saco cheio de ouvir tudo. Parece que nada do que surge na mídia é algo diferente do “mais do mesmo”. Papo de tiozão? Talvez.
Mas não defendo nenhuma época ou estética específica. Só estou de saco cheio de músicas que não são tocadas por humanos e com durabilidade de uma semana.
Nada contra a música das máquinas, algumas até me tocam. Nunca foi a respeito da forma de fazer, mas das formas de sentir.
Anyway, há um cara que nunca tinha me pegado até recentemente. Um cara que um certo setor da sociedade passou a atacar nos últimos anos talvez mais do que nunca. Um cara que é meme desde sempre e que não suporta gente burra desde a época do Vox Populi.
Sua Transa e seu timbre que antes não me batinham como uma onda forte, mas agora batem. E eu amo redescobrir as coisas, ainda que me gere muita anguístia não conseguir pensar em artistas novos que realmente acredito serem revolucionários.

De qualquer forma, acredito que isso muito tem a ver com as formas de sentir o mundo digital. Todos estão saturados de formas de sentir que passam por uma tela de 9:16, uma overdose de informação e entretenimento que banaliza a vida.
Banaliza outras mídias também como a música.

De qualquer forma, esse cara que venho falando aqui é um velho conhecido da música brasileira: Caetano Veloso.

Mas o que eu queria falar aqui, na verdade não é nem exatamente sobre Caetano, mas do álbum maravilhoso que Xande de pilares e uma galera toda que vou deixar a ficha técnica aqui fez e lançou nesse ano. Sério, ouça:

É bom demais, sério. Se você não gostou ou não gosta, eu acho que tem algo errado…
Brincadeiras à parte, eu queria tocar a versão de Diamante verdadeiro, e não encontrei a partitura de melodia e cifra na internet (leadsheet), e então eu fui obrigado a transcrever. Se você também quer tocar isso, deixo aqui em baixo a transcrição.
Bom som e boa diversão:

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